Slipknot, mais uma vez, se prova como gigante do metal no Knotfest Brasil 2024
Este foi um daqueles shows em que eu não tinha quase nenhuma expectativa sobre o que esperar, embora já tenha visto 8 shows da banda, em países diferentes. Apesar de um festival cheio de shows maravilhosos e atrações diversas, os maggots – como são chamados os fãs dos mascarados de IOWA -, não viam a hora de assistir ao Slipknot, e a todo momento ovacionavam o nome de Eloy.
A banda esteve no Brasil em 2022, no Rio de Janeiro e na primeira edição do Knotfest, em São Paulo. Mas nem esse intervalo de pouco tempo segurou a emoção dos fãs. Muitos ali tiveram a chance de assistir a banda pela primeira vez, e para sorte, com um setlist bem diferente do que a banda vinha entregando.
A expectativa estava dobrada, graças a estreia do brasileiro Eloy Casagrande, que rendeu ao SlipKnot muito mais visibilidade e engajamento. Logo na entrada, Corey Taylor (voz), Shawn “Clown” Crahan (percussão), Mick Thomson (guitarra), Jim Root (guitarra), Sid Wilson (DJ), Alessandro Venturella (baixo), Eloy Casagrande (bateria) e Michael “Tortilla Man” Pfaff (percussão) colocaram o Allianz Parque abaixo – apesar do som não estar dos melhores, ficando abafado para o público que estava mais atrás na pista.
Um setlist inesquecível para fechar o 1o. dia do Knotfest Brasil
Para nossa alegria, a banda soube dosar bem seu setlist, com os maiores hits dos seus quase 30 anos de banda. Músicas dos 3 primeiros álbuns foram as mais escolhidas. A banda deixou totalmente de lado o último disco The End, So Far – que cá entre nós, foi o menos ovacionado da banda. A banda também tocou um single do álbum All Hope Is Gone (2008), “Psychosocial”. E uma do We Are Not Your Kind (2019), “Unsainted”. Como a banda promete um show com o primeiro álbum tocado na íntegra, esperávamos para este show de sábado um setlist com menos canções do Self Title. A icônica canção “Spit it Out”, foi a penúltima, e sem a famosa parte onde o público abaixa e se prepara para o mosh pit.
O público brasileiro sempre será um destaque, o que faz com que as bandas adorem tocar aqui. E agora, o Slipknot tem uma parte brasileira, o que torna tudo muito melhor e mais mágico. Para os fãs de longa data, a entrada do Eloy foi um marco muito importante, dando mais emoção e prazer. Contudo, a experiência se torna completa em cima do palco.
A maturidade adquirida pelo grupo ao longo de mais de duas décadas de estrada é notória. Os músicos transmitem hoje mais confiança do que nunca. E a essência se iguala à de bandas contemporâneas devido ao profissionalismo, mas criando o mesmo caos, adrenalina e emoções dos anos 2000.
Amanhã, no segundo dia do Knotfest Brasil, o show será em comemoração do álbum de estreia, onde o Slipknot irá tocar o disco na íntegra.
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