5 motivos para ver “Ainda Estou Aqui” nos cinemas
O novo filme de Walter Salles chegou aos cinemas brasileiros superando as expectativas – que já eram grandes. Na primeira semana de exibição, Ainda Estou Aqui alcançou o topo das bilheterias nacionais com arrecadação de R$ 8,6 milhões e público de 358 mil espectadores.
A produção representa o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar 2025.
Inspirado em fatos, Ainda Estou Aqui retrata os eventos que mudaram a vida da família Paiva durante a ditadura militar brasileira. No Rio de Janeiro dos anos 1970, Rubens Paiva, sua esposa Eunice e seus cinco filhos vivem em uma casa à beira-mar, onde recebem amigos e mantêm uma rotina familiar.
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O ambiente aparentemente tranquilo é interrompido quando militares à paisana levam Rubens Paiva para um interrogatório. O que deveria ser um procedimento breve se transforma em um dos casos mais emblemáticos de desaparecimentos políticos do regime militar, deixando uma família em busca de respostas e justiça por décadas.
Por que assistir a ‘Ainda Estou Aqui’
Direção
A direção de Walter Salles traz sua marca autoral ao projeto. O cineasta, conhecido por obras respeitadas em nível internacional, como Central do Brasil e Diários de Motocicleta, conduz a narrativa com sensibilidade, alternando momentos de tensão e delicadeza. A fotografia, assinada por Adrian Teijido, cria atmosferas distintas para o período dos anos 70 retratado no filme.
Elenco
O elenco reúne talentos consagrados e revelações do cinema nacional. Fernanda Torres e Selton Mello interpretam os protagonistas, completando o time com coadjuvantes de luxo: Fernanda Montenegro, Maeve Jinkings, Antonio Saboia, Marjorie Estiano e Humberto Carrão, entre outros.
Resgate histórico
O filme rememora um dos casos mais emblemáticos de violações dos direitos humanos durante a ditadura militar brasileira: o desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva. Através da perspectiva de Eunice, a obra documenta não apenas a busca incansável de uma esposa por respostas, mas também retrata a transformação de uma mulher que, diante da adversidade, formou-se em Direito e tornou-se uma importante defensora das causas indígenas e dos direitos humanos.
O caso da família Paiva simboliza a história de centenas de brasileiros que tiveram suas vidas alteradas pela repressão do regime militar, contribuindo assim para manter viva a memória de um período que não deve ser esquecido ou minimizado.
Brasil no Oscar
As chances de Oscar aumentam a cada dia devido à repercussão internacional.
O filme recebeu elogios em festivais como Veneza e Toronto, além de críticas positivas em veículos estrangeiros, fortalecendo sua candidatura a Melhor Filme Internacional.
Caso o Brasil fique de fora da categoria – historicamente disputadíssima –, a interpretação de Fernanda Torres já está em muitas listas de veículos especializados com boas chances de concorrer a Melhor Atriz.
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Sucesso de bilheteria
O sucesso de bilheteria demonstra a força do cinema nacional. Com arrecadação de R$ 8,6 milhões e público de 358 mil espectadores em sua primeira semana, Ainda Estou Aqui superou produções internacionais como Venom: A Última Rodada (R$ 6,6 milhões) e Operação Natal (R$ 5,3 milhões). Os números, divulgados pela ComScore para o período entre 7 e 10 de novembro, colocam o filme de Walter Salles no topo entre os mais vistos da semana no Brasil.
Fato é que Ainda Estou Aqui já é sucesso de crítica e, agora, de público. Resta saber se irá se manter na mente dos votantes da Academia quando chegarem as cédulas do Oscar.
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