há 3 semanas
22 O último dia 06 de maio marcou o início dos shows dos armênios do System Of A Down no Brasil. Intitulada “WAKE UP! Tour”, a proposta do grupo nesta excursão era apresentar os clássicos da sua carreira, já que ela possui muitas músicas marcantes apesar de não termos material novo há um bom tempo.
A turnê brasileira começou com uma apresentação única em Curitiba, no Estádio Major Antônio Couto Pereira, com capacidade para aproximadamente 40 mil pessoas (e todos os ingressos tendo sido vendidos).
O acesso ao evento ocorreu sem maiores problemas, com diversos funcionários orientando de maneira clara onde eram os setores e onde cada pessoa deveria entrar. A organização geral, incluindo bares, vendedores espalhados e banheiros, também estava adequada. No merchandising, houve insuficiência dos copos comemorativos do show para os colecionadores levarem para casa.
Abertura com Ego Kill Talent
A noite começou com a banda brasileira Ego Kill Talent, que não empolgou o público na maioria dos setores do estádio. Quem estava mais perto até se arriscou a agitar um pouco mais e tentar entrar na onda, mas a apresentação não conseguiu o engajamento geral da audiência.
Nos dias seguintes foi possível ver vários memes na internet sobre a apresentação, a maioria deles referentes ao grupo abrir a maioria dos shows grandes no Brasil, mas ninguém conhecer sua real base de fãs (se é que existe uma).
A grande realidade é que a imensa maioria das pessoas não conhece sequer uma música do repertório e, dessa forma, somando a falta de carisma no palco e canções pouco orgânicas, nos faz colocar em dúvida os motivos que fazem o Ego Kill Talent estar sendo escalado para tantos shows grandes no país.
Sabemos que existem bandas patrocinadas por empresários e sabemos que existem bandas que pagam volumosas quantias para tocar em eventos de grande porte, apesar de não podermos afirmar se este é o caso do Ego Kill Talent, podemos ao menos questionar os organizadores e a própria banda.
Fica ao critério dos amigos que estiveram no evento nos dizer o que acharam sobre do show. Usem o espaço destinado aos comentários.
Photo: Getty ImagesOs Donos Da Noite: System Of A Down
O System Of A Down subiu ao palco e tocou por exatas 2 horas, uma música atrás da outra, com pouca interação entre si ou com o público. Isso é justificável de certa forma, já que a proposta era tocar um setlist especial e muito extenso, com o tempo sendo um fator limitante.
O som, as luzes e a estrutura geral estavam muito bem calibradas, com diversos efeitos e boa sincronização com as músicas.
O repertório incluiu clássicos como “Chop Suey!”, “Aerials”, “B.Y.O.B.”, “Hypnotize”, “Cigaro”, assim como “Toxicity”, além de faixas raramente tocadas ao vivo, como “Marmalade” e “Streamline”. A performance alternou entre faixas frenéticas e momentos mais introspectivos, mantendo o público envolvido do início ao fim.
A maior parte das músicas foram comemoradas e bem aceitas, muitas delas foram cantadas em conjunto com o público, que desse modo vibrou em diversos momentos. A energia crescia a cada canção e os moshs começaram desde o início do show, se tornando cada vez maiores e mais intensos, principalmente, nos grandes hits.
O ponto alto foi o fechamento com “Toxicity”, onde os moshs cresceram muito (mas muito mesmo!) e muitas vezes se unificaram em rodas cada vez maiores. Curitiba foi o primeiro show no Brasil desta turnê e os fãs brasileiros prepararam uma surpresa para a banda: as cores da bandeira da Armênia foram vistas por todo o estádio, já que papéis coloridos foram utilizados nas lanternas dos celulares e geraram este efeito especial muito bonito.
A atmosfera foi eletrizante, com sinalizadores acesos durante as faixas mais conhecidas, criando outro espetáculo visual inegavelmente impressionante. A energia das composições, a adrenalina e a união de 40 mil pessoas cantando juntas estas músicas que fizeram parte da adolescência de muitos dos presentes, foi inegavelmente marcante.
Reprodução/Facebook-Setlist:
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