Destruction: “O Metallica se tornou comercial em determinado momento com o ‘Black Album’. Eles deram um grande passo trabalhando com Bob Rock”, diz Schmier
O vocalista do Destruction, Shmier, refletiu sobre o sucesso das bandas de Thrash Metal americanas dos anos 80 em comparação com seus contemporâneos alemães. Segundo Schmier, o mercado musical americano foi um fator preponderante para o que as bandas americanas saíssem na frente, já que os EUA é “o mercado musical mais poderoso do mundo” e “se você é grande na América, você pode ser grande em qualquer lugar.”
Durante uma nova entrevista com com Chris Akin Presents, Schmier declarou:
“Eu acho que muitas das bandas europeias que fizeram sucesso na Europa tiveram que fazer sucesso na América primeiro, como o Scorpions. O Scorpions fez sucesso na América e também no Japão, e então eles finalmente foram reconhecidos na Alemanha também. Então eu acho que a América, como um mercado musical, é o mercado musical mais poderoso do mundo. E se você é grande na América, você pode ser grande em qualquer lugar. Então o Metallica e o Slayer, eles estouraram e o Megadeth, eles estouraram na América, porque também antigamente, lembre-se que você tinha a MTV, você tinha o ‘Headbangers Ball’, e essa merda estava tocando em todos os lugares, em todas as casas nos Estados Unidos, e era enorme. E eu acho que a Europa estava um pouco atrás com o tipo de [apoio da mídia]. Mais tarde, nós tivemos o ‘Headbangers Ball’ também, mas nunca foi tão grande quanto na América.
O Metallica se tornou comercial em determinado momento com o ‘Black Album’. Eles deram um grande passo trabalhando com Bob Rock, e ele fez um álbum incrível com a banda, com músicas muito cativantes. E as bandas europeias continuaram sujas — continuamos arrasando. E o mesmo acontece com o Megadeth — eles tiveram alguns álbuns realmente comerciais. E ‘Symphony Of Destruction’ é apenas um sucesso simples. Você também tem que ver que as bandas americanas são todas mais velhas do que nós. Eles são nossos irmãos mais velhos. Somos basicamente os irmãos mais novos das bandas americanas. Saímos quase na mesma época — não há uma grande diferença de tempo entre esses álbuns; nossa primeira demo saiu em 83 também — mas os caras eram um pouco mais velhos, músicos mais experientes naquela época. E eu acho que isso também é uma pequena vantagem para os americanos. Também na América, [você tinha] os grandes produtores. O primeiro Anthrax, o primeiro Metallica, eles soam incríveis. Talvez o primeiro Megadeth não soe tão bem, mas em geral, a América teve grandes produtores iniciais para metal, que faltava na Europa. Mas no final das contas, agora a Europa está ganhando força. Temos muitos festivais grandes. Temos muitos festivais grandes de metal que vocês na América não têm. Quer dizer, vocês têm alguns deles, mas algo como Wacken [Open Air na Alemanha], com 100.000 metaleiros [não existe na América].”
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