Iron Maiden: “teria me oferecido para ajudá-los a encontrar outro vocalista, porque há outras pessoas muito boas por aí”

Iron Maiden: “teria me oferecido para ajudá-los a encontrar outro vocalista, porque há outras pessoas muito boas por aí”
Compartilhe nas Redes Sociais

Quem vê Bruce Dickinson em 2025 esbanjando saúde e, inclusive, marcando sequências grandes de shows solo nas folgas entre as turnês do Iron Maiden, às vezes se esquece de todos os problemas e desafios que o cantor já enfrentou.

Em 2015, Bruce estava tratando um câncer na garganta. E por mais que o vocalista sempre transpareceu ser uma daquelas pessoas seguras e otimistas, ele estava preparado para deixar o Maiden caso não conseguisse cantar com a mesma potência de antes.

Precisa ser real!

Em uma recente entrevista para a revista Classic Rock, o músico chegou a fazer críticas ferrenhas sobre bandas e artistas que se utilizam de novas tecnologias para trapacear nos shows ao vivo.

Para o cantor do Iron Maiden, é necessário fazer seu trabalho de uma forma 100% real e sem truques. É algo como, você consegue realizar o trabalho ou não consegue? Sobre trilhas pré gravadas, playback e demais truques tecnológicos, Bruce é direto e reto:

“A ideia de transformar isso em uma espécie de Iron Maiden versão Disney, usando faixas de apoio ou outros truques… Não! O Iron Maiden tem que ser cem por cento real – e absolutamente feroz! Sim, e estamos fazendo tudo ao vivo. Não há afinações baixas. Não! Não! Não! No dia que usarmos trilhas de apoio eu saio da banda. Ou nós paramos. Se não for real, não é Maiden.”

Sobre outros grupos que se utilizam de tais subterfúgios, Bruce fala abertamente contra:

“Tocamos todas as músicas na tonalidade original; não abaixamos tons, não desafinamos e nem nada disso. Tocamos tudo rápido demais porque estamos animados ao vivo. Nunca usamos cliques ou time code’s. Agora vejo muitas bandas ao vivo e penso: ‘Espere um minuto. Como você cantou isso sem mover os lábios?’. Há vozes de apoio surgindo de todos os lados. Mas não fazemos nada disso. Tudo é analógico e real. Acho que isso nos traz benefícios, porque o público entende que a realidade se tornou algo raro hoje em dia.”

Com esse tipo de discurso hoje em dia, podem até existir fãs que pensem, “Bruce diz isso por que ainda está cantando muito bem, quero ver como irá se portar no futuro”. E esse são aqueles fãs desavisados que se esquecem o que aconteceu com o cantor em 2015.

Photo: Venla Shalin / Getty Images

Coerência e retidão na forma de pensar

Já naquela época, o discurso era o mesmo. Bruce dizia que caso não conseguisse cantar com a mesma qualidade de antes do câncer, certamente, ele pararia. Há 10 anos atrás, o homem firmava o mesmo compromisso de hoje, isto é, subir no palco para fazer um show real e intenso.

Veja a resposta dele sobre a época em que estava tratando o câncer na garganta e como ele se sentiu:

“Eu me senti bem. Eu acreditava que iria superar isso com bastante força. Seriam dez meses difíceis, mas no final disso, eu pensei – na verdade, eu esperava que eu deveria ser capaz de poder fazer o que eu fazia antes. Mas se não fosse, eu estava bem preparado para ir embora – porque se você não consegue cantar como deveria, é isso que você precisa fazer, ir embora.

Eu gostaria que a banda continuasse adequadamente. Mas eu teria me oferecido para ajudá-los a encontrar outro vocalista, porque há outras pessoas muito boas por aí.”

Seria muito bom que tivéssemos mais cantores como Bruce Dickinson no Heavy Metal, não?

O post Iron Maiden: “teria me oferecido para ajudá-los a encontrar outro vocalista, porque há outras pessoas muito boas por aí” apareceu primeiro em Mundo Metal.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *