Alice Cooper: “Não acho que ninguém seja mais ‘Shock Rock’, mas esses elementos ainda permanecem no show porque são divertidos de assistir”
Alice Cooper é um desses caras absolutamente lendários do Rock and Roll, e se pensarmos bem ele está na estrada há muito, muito tempo. Pense, a maioria das pessoas lendo esta matéria sequer eram nascidas quando o senhor Vincent Damon Furnier já causava furor em plateias inteiras com seu famigerado Shock Rock.
Na ativa desde 1964 e, portanto, com mais de 60 anos de carreira, Cooper vivenciou praticamente todas as fases do Rock. E você sabe, ele se adaptou a todas elas. No auge dos 77 anos, Alice comentou em recente entrevista ao programa de rádio 96.1 KLPX, sobre a evolução do seu show. Antes, a ideia era chocar o público, mas hoje em dia Cooper tem uma outra visão. Na óptica do músico:
“É tão engraçado porque costumava ser fácil chocar o público nos anos 70. Agora ninguém está realmente tentando — não estamos realmente tentando chocar o público. Não acho que ninguém seja mais ‘Shock Rock’, mas esses elementos ainda permanecem no show porque são divertidos de assistir. Ainda é divertido assistir à guilhotina e o fato de você realmente acreditar nisso por causa do que acontece antes disso. Você está realmente preocupado com o personagem Alice lá em cima e o que acontece com ele. E é disso que eu gosto. Quero que o público se envolva no show. Não nos utilizamos de muitos lasers. Não usamos esse tipo de coisa, porque quero que a ênfase esteja no personagem Alice, no que acontece com ele e no que ele está fazendo exatamente. Mas tudo isso acontece durante todas essas músicas que todo mundo conhece — ‘Feed My Frankenstein’, ‘Poison’, ‘No More Mr. Nice Guy’ e, claro, ‘School’s Out’ no final.”
Em uma nova entrevista concedida a Larry Mac do programa de rádio KLPX, o icônico musico comentou sobre seu show ainda ser inegavelmente relevante para o Rock atual. Apesar da proposta ter mudado, ainda é um enorme espetáculo visual que consegue entreter multidões ao redor do globo.
Como sempre, Alice deu créditos a sua banda de palco e fez menções ao funcionamento interno do grupo. Para ele, o bom relacionamento é um ponto chave, veja:
“Primeiramente, eu me cerco dos melhores músicos. Todos na minha banda são os melhores dos melhores. Nosso baterista ganhou um prêmio de ‘Melhor Baterista do Rock’. Nita Strauss foi ‘Guitarrista da Década’. Esses são os melhores músicos que você pode encontrar. E eles são todos grandes amigos, e isso significa nada de egos. Eu disse: ‘Eu quero o ego no palco’. E depois disse: ‘Mas fora do palco não…’ E eles são assim mesmo. A maioria das bandas se odeia. Essa banda anda junto toda noite. E é isso que os torna tão bons. Então, se alguém tiver uma ideia — alguém pode chegar e me dizer, ‘eu acho que seria bom aqui se tocássemos ‘Go To Hell’ ou essa outra música’. E eu digo, ‘Sim, poderíamos ter minha esposa, Sheryl, fazendo a dança do chicote,’ e etc. ‘Vamos tentar amanhã E se funcionar, mantemos no show’. Mas eu permito que todos dêem suas ideias sobre o que deve acontecer. No final, eu tomo a decisão, mas tentamos tantas coisas. Se soar bem, então tentaremos de novo. E o mesmo vale para o HOLLYWOOD VAMPIRES. Você tem Joe Perry, Johnny Depp e eu, e essa banda está junta há oito anos. Nunca houve uma discussão entre nós.”
Sobre o Hollywood Vampires, Alice contou:
“Nós deveríamos ter feito isso no ano passado, e Johnny tinha dois filmes que ele tinha que fazer. E Joe estava meio que no limbo sem saber o que o AEROSMITH iria fazer. Mas Joe tem sua própria banda com quem ele faz turnê. O problema com o Hollywood Vampires é que minha agenda tem que estar um pouco livre, a agenda de Joe tem que estar um pouco livre, a de Johnny Depp idem… E então temos que fazer isso com um ano de antecedência e apenas dizer: ‘Quando você está aberto, Johnny, para poder fazer uma turnê? Então todos nós planeja uns dois meses livres com antecedência E então podemos sair em turnê. Todo mundo tem seus próprios projetos em andamento. Quero dizer, especialmente Johnny. Ele trabalha como louco. Mas ele é o cara mais legal e um ótimo guitarrista.”
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