Iron Maiden: “Perdi 60% da força no braço esquerdo. Mal consegui segurar o pedestal do microfone com esta mão. Pela primeira vez na minha vida eu tive que perguntar: ‘O que está acontecendo?’, diz Bruce Dickinson

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Durante um bate-papo com o canal brasileiro Fisio Premium, o vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, discutiu sobre saúde, drogas, hábitos alimentares, qualidade vida, sua rotina diária, e como mantém sua saúde mental e física.

Questionado se ele tem algum arrependimento com relação a algo que ele fez no passado e que trouxe prejuízos à sua saúde de alguma maneira, Bruce respondeu:

“Eu machuquei meu pescoço! Eu tive uma hérnia aqui [atrás do pescoço] quando tinha 23, 24 anos, fazendo headbanging, e eu tinha o cabelo até a cintura, então quando o cabelo fica molhado é como se fosse uma grande carga no pescoço. Então, deu um mal jeito no pescoço, ignorei. Continuei batendo cabeça, e depois não conseguia mexer o pescoço. Então, fui ver um médico na Alemanha, e ele me deu uma injeção, eu não sabia o que era, não perguntei, mas a dor passou. Em seguida, fui para os Estados Unidos, na turnê The Number of the Beast, e aconteceu de novo, mas dessa vez perdi 60% da força no braço esquerdo, doendo tudo aqui em cima, não sentia nenhum desses dedos, mal consegui segurar o pedestal do microfone com esta mão, e eu pensei: ‘O que está acontecendo?’ e pela primeira vez na minha vida em que tive que perguntar: ‘O que está acontecendo? Por que isso está acontecendo?’ E isso foi uma coisa boa, porque me levou por todo um caminho para entender como funciona.

Mas se eu tivesse recebido uns bons conselhos do primeiro médico… Não me aconselharam, não disseram o que causou, tudo o que fizeram foi me dar uma injeção de cortisona ou algo que não resolveu o problema. O que eu percebi foi que, se eu quisesse continuar cantando, eu tinha que parar com o headbanging porque isso ia ferrar meu pescoço e até hoje eu tenho problemas. E acaba tendo sequelas para toda vida, esse foi um daqueles alertas, nem sempre é bom delegar o cuidado da sua saúde para outra pessoa. ‘O médico disse que eu deveria tomar esses comprimidos, então vou tomá-los.’ O que são essas pílulas que você acabou de me dar? Vou dar um exemplo: Existe um antibiótico chamado ciprofloxacina. Funciona! Se você tiver uma infecção urinária ou alguma outra infecção, a cipro provavelmente vai resolver. Muitos médicos prescrevem esse antibiótico, perguntam se você é alérgico, e pronto!

Depois essa pessoa procura um ortopedista porque ela fazia atividade física e o antibiótico causou uma ruptura no tendão de Aquiles ou outro tendão, ela se se pergunta: ‘Por que isso aconteceu comigo?’ Porque você tomou esse antibiótico! Agora colocaram um aviso na bula desse remédio dizendo: ‘Não tome isso se você faz muita atividade física porque pode causar lesão, e também, existem remédios alternativos. Não estou falando de beber chá verde. Existem outros antibióticos. Tudo o que você precisa fazer é falar com o médico. Mas se você não sabe disso, nunca irá perguntar. Algumas médicos não perguntam, e isso aconteceu com um amigo meu. O médico prescreveu e eu disse a ele: ‘Não! Não toma isso! Te perguntaram o que você faz?’ E e ele disse: ‘Não.’ Eu disse: ‘Fala para eles que você é superativo e quer uma alternativa, e eles disseram: ‘Ah, sim, nós vamos te dar outro.’ Então, não é que os médicos sejam pessoas más, é que eles atendem muita gente, e você tem que assumir a responsabilidade por você. Pergunte. Faça perguntas. Aprenda o máximo que você puder. Se alguém lhe dá um remédio, às pessoas tomam às cegas. Pelo menos, leia a bula. E diga: ‘Provavelmente não vai acontecer comigo.’ Mas fique ciente, porque as pessoas tomam qualquer remédio. Estas drogas são fortes.”

Mas Bruce também tem do que orgulhar sobre sua saúde. Questionado sobre hábitos que ele pratica há muito tempo anos e que hoje se refletem em benefícios para sua saúde, ele contou:

“Acho… Dormir 8 a 9 horas todas as noites! [Risos] Sou muito exigente com sono agora. Às vezes não tem alternativa, mas, honestamente, quando vou dormir… Não sou desses caras que acordam às 5 da manhã. Não. Naturalmente, por volta das 21h30, 22h, vou para a cama, e meia-noite, uma hora eu durmo. Isso é ótimo! eu tenho muito tempo, mas me preocupo muito com a poluição luminosa no quarto, então sempre que posso, o quarto tem que ser escuro. Totalmente escuro! Sem luzes piscando, sem celular piscando… Escuro! Não tenho medo do escuro! [Risos] Escuro e silencioso. No mundo em que vivemos agora é tudo muito barulhento, e isso não é bom para os seres humanos. Isso prejudica sua saúde mental, e cada vez mais estudos estão sendo publicados sobre a luz azul dos celulares e todos os tipos de telas atrapalhando nossa capacidade de dormir, apenas a distração do telefone tocar no meio da noite! Põe no quintal, enterra ele! Então eu acho que é isso.”

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