Queensrÿche e Savatage celebram retorno ao Brasil no Monsters of Rock 30 Anos

Queensrÿche e Savatage fizeram seus respectivos retornos aos palcos brasileiros neste sábado, 19, no Monsters of Rock 30 anos.
A primeira banda voltou após um período de 13 anos sem passagens pela América do Sul. Já o Savatage, embora tenha passado 24 anos longe do país, protagonizou o momento mais esperado do festival. Sua apresentação não apenas encerrou um longo período de ausência no Brasil, mas também marcou o retorno oficial da banda aos palcos após uma década de inatividade.
Queensrÿche no Monsters of Rock 30 Anos
A apresentação foi a estreia do vocalista Todd La Torre no Brasil e veio no momento em que o grupo celebra seus 40 anos de carreira e está prestes a encerrar o ciclo de Digital Noise Alliance (2022).
O setlist contou com faixas da fase inicial da banda, como “Warning” e “Queen Of The Reich”, além de incluir “Operation Mindcrime”, faixa título do disco conceitual de 1988.
La Torre se mostrou estar muito feliz no Brasil, citou o longo hiato da banda no país e também agradeceu a recepção do público. Muitos fãs sentem que Geoff Tate faz falta, mas Todd deu uma nova vida ao grupo.
Michael Wilton e Eddie Jackson também merecem destaque. O guitarrista e baixista, respectivamente, são os únicos integrantes originais e seguem adiante nas quatro décadas.
Em toda apresentação o som estava alto, com a bateria se destacando mais que o vocal e baixo. O principal desfalque foi “Silent Lucidity”. Por mais que houvessem expectativas para que fosse tocada, devido à sua volta às paradas musicais, a faixa ficou de fora da setlist. “Eyes of a Stranger” fechou a apresentação.
Tanto para a banda quanto para sua base de fãs, o show serviu como um termômetro e mostrou que o grupo é um dos melhores nomes da história do metal e merece voltar logo para uma turnê solo, incluindo mais cidades na rota.
Confira as fotos de Jéssica Marinho:
Savatage no Monsters of Rock 30 Anos
Para a volta aos palcos, a formação do Savatage consistiu em Zak Stevens (vocais), Chris Caffrey (guitarra), Al Pitrelli (guitarra), Jeff Plate (bateria), Johnny Lee Middleton (baixo) e mais dois tecladistas, que não tiveram seus nomes anunciados.
Jon Oliva – também tecladista e fundador – mesmo estando impossibilitado de fazer shows, coordenou todo o processo de ensaios e escolha do setlist.
Em todo o estádio, havia uma grande quantidade de fãs vestidos com camisetas da banda. Minutos antes da apresentação, um spot de luz caiu do teto do palco, mas a equipe técnica rapidamente solucionou o problema. Felizmente ninguém foi atingido.
“The Oceania” e “Welcome” – tocadas pela primeira vez desde 1998 – abriram o show. Em “Handful of Rain” uma fina garoa caiu, fazendo com que Zak brincasse sobre isso e dizendo que a música “iria combinar” com o clima.
Stevens se destaca por sua simpatia. O vocalista interagiu bastante com os fãs, movimentou-se por todos os lados e falou em português: “Tudo bem”, “Como vai” e “Faz barulho”. Ele também chutou bolas de futebol para o público durante “Edge Of Thorns”, seguido por uma fã invadindo o palco.
O momento mais emocionante do show, foi quando Jon Oliva apareceu em um vídeo cantando “Believe”, levando os fãs às lágrimas. Após o refrão, a banda seguiu com o andamento da faixa. Imagens de Criss Oliva apareceram no telão junto com a gravação original de seu solo. Criss faleceu em 1993, vítima de um acidente automobilístico.
O set encerrou com a clássica “Hall of the Mountain King”, mas também contou com “Chances”, “Dead Winter Dead” e “Jesus Saves”.
Para seu aguardado retorno aos palcos, o Savatage não tinha público e nem local melhor do que o Brasil. A expectativa é de que ainda este ano o grupo possa lançar seu novo disco, que até o momento possui o nome provisório de Curtain Call.
Confira as fotos de Jéssica Marinho: